
Mito
Um reveillon de torós ensolarará,
bota maravilha nisso, beleza pura,
um milhão de pilas mormacentas
tiradas do ganhapão do povão
salve salve o brado retumbante
no dia sambodromesco em que tu,
pelego voluntário da pátria,
seu bosta, somas, bora daqui,
fora bolsonaresco cafajeste
sem firulas e só com chutes
nas canelas, sebo nelas,
vai tomar um paralelepípedo
no cu, seu vatapá marrom,
lama sem dalai nem semente,
porra mesmo, porra nenhuma,
vai acender o teu PC Faria,
tu que queres ser amigo do Rei
mas não conheces Passárgada,
mal caráter inaturável,
o raio fúlgido fará o seu trabalho,
idolatrado, margens implácidas
que serão o teu túmulo fúlgido
cheirando a cocô de barata,
putaquepariu, vás levar
bala de espingarda no queixo,
na bunda, o fogo vai se emperiquitar
para te afundar no esquecimento,
na maloca que a enxurrada leva
que nem o vento e o tempo,
num túmulo sertanejamente
seco e umidamente manguezal,
mingau para os vermes
bem melhores do que tu,
paciência, seu boçal, terás
a eternidade para continuares
a desconversar e nem o Capeta,
que também traíste, te quererá.